com toda a calma
atravessou a rua
nua
despida de tudo:
de dor, amor, de pensamento
com toda a raiva
se sentiu crua
nua
vestida de tudo:
de alegria e ódio, de sofrimento
com toda a raiva
com toda a calma
abriu sua alma
despida de tudo,
vestida de nada.
Repleta de angústia
sentiu-se completa.
Nada mais temeria
ou teria a temer.
Romper. Irromper.
Era o que queria.
Essa fina travessia de vida.
Viver
(05/03/01)
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