VULCÃO

“... e que despertem todos os Krakatoas e Vesúvios dos povos e jorrem suas lavas sobre a “inJustiça”...” Y.


A noite penetrou na noite.
Uma corrente de ar suavíssima
coloria os rostos
e ia sendo, aos poucos, consumida
entre beijos embriagados de prazer.

No seu corpo descobri,
até o último sopro de desejo.
Derrubei os meus segredos ...
eram tão estaduais...
sobre a sua pele
e me entreguei a todo instante.
(ai não fossem os momentos a existir
e a tornar possível...)

Inerte e passiva,
não mais consegui me encontrar.
A violência se estendeu sobre nossos corpos
... como se estranho ocorrer violência...
Tendo como regente
nosso eufórico amor ...
que as outras violências me permitam
que eu use uma violência; assim:
pacífica.

De Universo
camuflei meus versos
E
bendita sejas camuflagem
passamos pela censura.

Reflori em roupas excitantes,
a provocação de qualquer roupa em mim.
Caminhei meus dedos
em todas as suas estradas.
As lavas jorraram do vulcão de nós dois.

Limpei o trágico
com seus dentes de alegria.
Cerquei suas pálpebras,
de atenção.
Não mais adormeci. ...
um quociente a mais
no rol dos conscientes...

De Verdade
camuflei nossas verdades
E
bendita sejas camuflagem
passamos pela censura.

(07/11/76)

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