Se a trova trava a língua
e o poema a destrava,
a flor do pensamento
na prosa vai fluindo,
e no soneto, crescendo:
tal vulcão jorrando lava.
Lavas! A dourar a alma em verso
e, no reverso, a estrofe é corpo
a entrelinhar o espírito.
Nos contornos do infinito
de um sopro, nasce o texto,
de uma cena, eclode o grito.
(maio/2006)
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