A mão suave, que pousa;
A mão frágil, que freme.
A mão ágil, que ousa;
A mão boba, que treme.
A mão firme, que roça;
A mão doce, que adoça.
(a que toca e a que convence)
A mão vigorosa, que colhe;
A mão crispada, que tolhe.
A mão sedenta, que deseja;
A mão cismada, que lampeja.
(A que tece e a que invoca)
A mão que sabe, reconhece.
A mão que estaca, esquece;
A mão que solta, arrefece.
(A que implora e a que aquece)
A mão exilada, que teima;
A mão ardilosa, que queima.
A mão caprichosa, que sonha;
A mão que acorda, e realiza.
Ah! Que bom!
(Há mais dedos do que a vã filosofia simboliza).
(nov 2001 a mai 2003)
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